Os perigos invisíveis existentes em componentes eletroeletrônicos, que podem ser fatais aos seres humanos e ao meio ambiente, foram a pauta da palestra sobre contaminação que o Instituto Gea levou a duas cooperativas de São Paulo integrantes do Projeto ReciclaON.
Coopernova, de Cotia, e Coopamare, da Capital, mobilizaram suas turmas de catadores para receber a equipe do Gea nos dias 27 de março e 2 de abril, respectivamente.
O encontro levou orientação, um desenho animado e dinâmicas sobre os cuidados necessários para lidar com REEE, onde há componentes contaminantes como mercúrio, cromo, chumbo e cádmio, entre outros. Os componentes precisam ser desmontados, armazenados e destinados com segurança. Tanto os equipamentos eletrônicos inteiros – como celulares, TVs de tubo, computadores, telas e baterias, entre outros –, quanto os desmontados devem ficar em local coberto, longe do sol e da chuva.


Boas práticas
Doenças mentais e solo ou água contaminada são alguns exemplos de consequências do descarte incorreto de REEE. Entre as boas práticas de manuseio seguro estão o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), estar com a vacinação em dia e também manter os REEE afastados do sol e da chuva.
“Trabalho há 24 anos na Coopamare e a palestra foi bastante esclarecedora, pois muitos cooperados desconhecem os materiais contaminantes e como desmontá-los”, afirmou Walison da Silva. Na Coopernova, Adriana Passos destacou a importância do aprendizado do manuseio correto, mas também sobre como armazenar REEE. “Conhecimento é sempre bem-vindo”, disse.
O Projeto ReciclaON é uma iniciativa do Instituto Gea, com apoio financeiro da Caixa Econômica Federal e está sendo levado às 26 Capitais brasileiras e Distrito Federal. A formação envolve desde diagnóstico e cursos de desmontagem e de gestão, até palestras e auxílio na montagem de equipamentos e bancadas.

